O topônimo Tabuleiro é uma alusão ao tipo do solo encontrado no município, o solo arenoso (tabuleiro) e o Norte para diferenciar este do município de Tabuleiro, no estado de Minas Gerais. Sua denominação original era Tabuleiro de Areia, depois Ibicuipeba e desde 1951, Tabuleiro do Norte.
As terras ao oeste do rio Quixeré, uma área de elevação arenosa e plana que estende-se até a Chapada do Apodi eram habitadas por diversas etnias Tapuias, entres elas os Paiacu,[8][9]
Os indígenas Paiacu residiam na localidade hoje conhecida Aldeia Velha, situada a 3 km do centro da cidade.
Com a definitiva ocupação do território do Ceará na segunda metade do século XVII, chegaram os portugueses oriundos de Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco nesta região, a qual a exploraram em seus mínimos detalhes.[10] Depois dos combates da Guerra dos Bárbaros, a construção da Fortaleza Real de São Francisco Xavier da Ribeira do Jaguaribe e o deslocamentos dos indígenas, nestas terras foi implementada a pecuária. Os colonizadores travaram lutas incessantes contra os índios para instalarem suas fazendas de gado. Muitos indígenas morreram e os poucos que restaram foram absorvidos pela economia pastoril.
Da Guerra dos Bárbaros ou a expulsão dos indígenas, ainda hoje os moradores mais antigos daquela comunidade (Aldeia Velha) relembram as historias contadas por seus pais a respeito da expulsão dos indígenas da comunidade. Contam os mais velhos que: eles fugiram para um local onde hoje fica situada a comunidade do Tapuio por uma estrada por dentro que ia em linha reta distante da mesma uns 13 km; e que a belíssima lagoa da Aldeia Velha também era a fonte de lazer e para a prática da piscicultura para seus habitantes.
Os primeiros relatos datam do século XVIII, entre os anos de 1720 e 1730, quando o fazendeiro e Padre Francisco Alves Maia, vigário de Pau dos Ferros (RN) instala-se nesta localidade e fica de posse da fazenda São José. Depois entregou a Fazenda para seu parente Francisco Alves Maia Alarcon administrá-la. Em 1770, este senhor construiu uma capela nestas terras, depois foi criado o primeiro estabelecimento escolar funcionando até a morte de Maia Alarcon em 1796.
Tudo iniciou com a promessa feita por Luiza Maria Maciel, esposa de Maia Alarcon, que se ficasse curada de um câncer, construiria uma capela. A graça foi alcançada e a capela foi construída toda em pedra de 1765 a 1770, tendo a imagem de Nossa Senhora das Brotas. A restauração e ampliação da capela foi realizada em 1785. A igreja foi demolida no ano de 1944 e construída uma nova igreja em seu lugar, sendo a atual igreja matriz.
Tabuleiro de Areia passou a ter categoria de Vila através do decreto lei nº448, de 20 de dezembro de 1938. O município foi criado de acordo com a lei nº3.815, de 13 de setembro de 1957, tendo sua emancipação política em 8 de junho de 1958, deixando de ser vila do município de Limoeiro do Norte.
Com o sucesso econômico do Ciclo da Carne do Ceará, Tabuleiro do Norte, destacou-se como um movimentado cruzamento da Estrada Geral do Jaguaribe, no qual passavam as boiadas do Sul Cearense e do Rio Grande do Norte para Aracati e vice-versa com produtos para as fazendas de boi.
O desenvolvimento com urbano deu-se ao redor da capela de Nossa Senhora da Conceição, construída entre de 1765 a 1770, e a Estrada Geral do Jaguaribe.
A Fazenda Quingombê também denota importante valor histórico, através das figuras ilustres de Aldonso Chaves e de Laura Chaves Maia, sua esposa. Tiveram 7 filhos (Edvardo, José Lauro, Edna, Cleomilde, Maria Laise, Maria Elaine e Francisco Hilton).
Principais Eventos
Festividades de São Pedro na Comunidade de Gangorrinha - é uma das principais festas da cultura tabuleirense, que vai de 20 á 29 de junho, com apresentação de danças folclóricas como o maneiro pau, quadrilhas juninas, dança do coco, xaxado, casamento matuto, apresentação de peças teatrais de teor cômico entre outras. Neste período acontece o desfile da garota junina, onde desfila belíssimas garotas disputando o título de garota junina do ano. Durante as festividades acontece festas com bandas de forró a noite e jogos de futsal masculino e feminino durante o dia. No último dia de festividade, 28 de junho, acontece a mais esperada festa tradicional de São Pedro, que é a principal. Além dessas várias atrações, tem o novenário toda noite que vai de 20 á 28 de junho e se encerrando com a missa do padroeiro São Pedro dia 29 de junho.
Festa da padroeira Nossa Senhora das Brotas em 8 de setembro
Festival do Caminhoneiro, realizado anualmente em Setembro pela Associação dos Caminhoneiros de Tabuleiro do Norte (ACATAN).
Carnaval
Paixão de Cristo
Natal Vivo
Romaria de Nossa Senhora da Saúde - distrito de Olho D'água da Bica - a terceira romaria do estado do Ceará que se encerra no dia 14 de agosto
Festividades de São Pedro na Comunidade de Gangorrinha que vai de 20 á 29 de junho
Vaquejada no Parque Martins, sempre no mês de julho.
A administração municipal localiza-se na sede Tabuleiro do Norte.
O município é dividido em três distritos, sendo Tabuleiro do Norte (Sede), Olho D`Água da Bica e Peixe Gordo.
O turismo também é uma das fontes de renda, devido as belezas naturais, que oferecem lazer e a prática do Ecoturismo. Além do centro histórico da sede do município e do turismo religioso.
Cidade dos Caminhoneiros
Devido à localização de Tabuleiro do Norte entre estradas importantes para o escoamento de produtos (uma atividade presente desde o começo histórico do município), a assistência aos caminhoneiros é uma da fontes da economia local, na qual destaca-se com:
Polo metalúrgico e mecânico - uma grande infraestrutura em metalurgia e mecânica com especialização em caminhões. Crê-se que pelo fato de possuir um grande número de caminhões tornou-se necessário e até essencial para o contínuo crescimento da cidade que fosse instalado um aparato para suportar a grande demanda de caminhões na cidade.
Associação dos Caminhoneiros de Tabuleiro do Norte (ACATAN) - uma associação que assistência aos caminhoneiros.
HINO DO MUNICÍPIO
Hino de Tabuleiro do Norte
Letra: Mons. Otávio de Alencar Santiago
Melodia: Maestro Fenelon Odilon da Silva
Rearranjos: Maestro Eugênio Castro
Salve, salve, torrão sempre amado
Tabuleiro de belo passado
Os teus filhos te querem exaltados
Querem ver-te, decantado
O teu sol nasce alegre, sorrindo
Nos mandando uma benção de luz
E esta aragem que vem espargindo
Um aroma que enleva e seduz
São encantos, amor e magia
Que nos enchem de tanta alegria
Os teus campos tão vastos, fecundos
Tão amigos e tão dadivosos
Nos sussurram os segredos profundos
De um presente e porvir primorosos
Tabuleiro, tu bens nos mereces
De nossa alma, feliz, nossas preces
Recebestes em teu berço um sorriso
Carinhoso da Virgem Maria
Tu cresceste guardando conciso
O segredo de tua alegria
Em tua fé, tabuleiro, tua paz
O progresso a união é que traz
Já soou, Tabuleiro, o clarim
Que anuncia uma bela vitória
Hoje, livre, tu marchas, enfim
Confiante em teus filhos para a glória!
Nossos filhos lerão tua história
E honrarão de seus pais a memória!
Terra predestinada por Deus
Ninho amigo de paz e de amor!
Hoje és livre e livres os filhos teus!
Liberdade! Bradam todos com ardor
As campinas, o céu e as florestas
Também vibram em seus hinos e festas
Salve, salve, torrão sempre amado
Tabuleiro de belo passado
Os teus filhos te querem exaltados
Querem ver-te, decantado
BRASÃO
BANDEIRA DO MUNICÍPIO